A Dorothy encontrou um e foram para Oz. Ela em busca do caminho de volta para Kansas, ele, de um coração. Feitiços e homens de lata à parte, verdade é apenas uma: o mundo da robótica é fascinante. Na RSB, como ávidos consumidores de tecnologias, achámos esta exposição simplesmente maravilhosa. Se for como nós e tiver um tempinho, então meta-se num avião e rume a Londres. Não se ponha com desculpas que há voos low cost e a cidade fica mesmo aqui ao lado.
No Museu da Ciência de Londres vai encontrar patente a exposição “Robots”. Uma coleção de mais de 100 objetos que vão de autómatos do século XVI a robôs topo de gama capazes de replicar emoções.
À entrada da exposição encontra um bebé deitado num colchão iluminado. Se olhar com atenção repara que ele respira, mexe os braços e as pernas, abre e fecha os olhos.
O bebé robótico é acionado por um sistema de cabos e dispositivos que pode ver ao contornar a instalação.
Réplica de Maria, a humanóide do filme mudo “Metropolis” de Fritz Lang, de 1927. A cara foi inspirada na máscara de ouro do faraó Tutankamon descoberta 5 anos antes. A personagem C3PO da saga Star Wars tem a fisionomia de Maria.
Os robôs de brincar vieram reforçar a ideia de que os autómatos deveriam remeter para formas humanas e serem altos, corpulentos e poderosos – ao contrário dos robôs que inicialmente surgiram em fábricas um pouco por todo o mundo.
Endoesqueleto do andróide T-800 utilizado em 1991 no filme “Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento”. Considerado por muitos como o mais assustador dos vilões robôs, espelha os medos e perceções que temos sobre aquilo que se podem vir a tornar no futuro.
Engenheiros projetam autómatos a partir do sistema musculoesquelético humano. Os robôs movimentam-se como nós e com o tempo evidenciam problemas semelhantes aos nossos: desgaste das articulações.
Conheça Inkha, a rececionista escaldante que entre 2003 e 2015 dava as boas vindas aos visitantes na prestigiada instituição de ensino superior do Reino Unido King’s College London. Dotada de olhos e boca sensuais, esta robô fornecia indicações, dava informações e não resistia a apontamentos sarcásticos sempre que possível.
REEM “nasceu” em Espanha em 2016. É um profissional na área do Turismo. É capaz de interagir diretamente com as pessoas olhos nos olhos. Movimenta-se de forma autónoma adaptando-se a novos espaços através do reconhecimento por meio de sensores que analisam o som, sensores laser, infravermelhos e mecanismos de análise de inclinação de terreno que permitem que navegue de forma inteligente e segura. É um dos vários robôs de trabalho que um dia poderão vir a trabalhar lado a lado com os humanos em hospitais ou centros comerciais.
Guardamos para o final um dos humanóides mais avançados do Mundo: iCub. Quando o criaram a instrução primária era que aprendesse como uma bebé. Ao longo dos primeiros 10 anos de vida aprendeu a sentar-se e a levantar-se, a gatinhar, a alcançar objetos, a pegar neles e a utilizá-los. Sozinho. Aprendeu sozinho, reforçamos.