Quem está ligado à área comercial passa incontornavelmente por este cenário: um networking event, um evento de socialização comercial, aquele momento em que, por motivos profissionais, num relativo curto espaço de tempo, somos apresentados ou apresentamo-nos a outros, trocamos cartões de visita e sondamos possíveis laços comerciais. Dizemos o nosso nome muitas vezes e escutamos os de outros tantas ou mais vezes ainda.
Vamos diretos ao assunto. Porque é que é tão difícil lembrarmo-nos do nome de alguém que acabámos de conhecer? Bom, é realmente difícil fixarmos um nome quando estamos rodeados de milhões de pistas, informações e factos que o nosso cérebro tenta captar. Estamos preocupados em fornecer dados interessantes, em desbloquear conversa, concentrados no que ouvimos e no que queremos dizer. Consciente (ou inconscientemente) focamo-nos no que o outro está a vestir, na linguagem corporal, na forma de falar e analisamos, analisamos, analisamos. É, portanto, fácil ouvir um nome e tão depressa nos esquecermos dele.
A 1ª dica? Pedir que nos repitam o nome várias vezes.
Depois da apresentação e enquanto dura o aperto de mão, pedir para que voltem a lembrar-nos. “Joana?!”
E a pessoa confirmará: “Exato, Joana.”
“Ok, fixei. Prazer em conhecê-la Joana.”
Neste momento já ouviu o nome um total de 4 vezes. A primeira vez quando trocaram apresentações e outras 3 vezes antes mesmo de iniciarem uma conversa. Este encadeamento ficou gravado na memória de curta duração. Mas, por muito que quiséssemos que esta memória fosse de mais longa duração, a verdade é que não é, e ao contrário de alguns sites onde depois de nos registarmos esquecemos a palavra passe e podemos recorrer a uma janela de “reset password” na vida real estamos por nossa conta. E se apontamos códigos, senhas, palavras passe e contactos em agendas por que não fazer o mesmo com nomes de pessoas?
É isso mesmo, apontar. Escrever virtual e concretamente. Dar uso aos blocos de notas e agendas dos nossos dispositivos móveis ou a uma simples folha de papel. Registar, anotar, compor, redigir, representar por meio de caracteres… É tão simples quanto isto: escreva o nome. Foi apresentado ao dono do seu restaurante preferido? Anote: Gerente PapaRock, Baixa do Porto, Joel. Ficou a conhecer alguém que costuma ver em determinado local inúmeras vezes? Aponte: Praça do Comércio, usa sempre calças de ganga, cabelo muito curto, Rogério. Sempre que exista a mais ténue probabilidade de voltar a ver aquela pessoa, escreva o nome dela. Para além de gratificante para a pessoa em questão será um ponto fortíssimo a seu favor. “Uau! Nem acredito que se lembrou do meu nome!”
Não está a fazer batota. Está a ser engenhoso.
Estamos a viver uma era em que muito do que precisamos de saber ou recordar pode ser acedido via internet. Não se lembra de determinado facto? Vá ao Google. Não se lembra do caminho? Coloque no GPS. Não se lembra de um contacto? Consulte a lista telefónica do telemóvel. Se assim é, porque não aplicar esta mesma lógica quando tenta lembrar-se do nome de alguém?
Tome nota desta dica. Experimente.
